Nem brisa
Nem aves
Só um manto de silêncio sem dor
Nem tristeza
Nem alegria
Nem fadiga
Só a lembrança vadia sem tortura
Nem nuvem
Nem tormenta
Nem maré
Nem barca
Nem remo
Só a sede da vela ao longe por erguer
Sem praia
Sem rio
Sem fonte
Só o vácuo do vento na torneira por abrir
E fechar
(Poema publicado originalmente a 18/08/2012 no meu blogue Nuvens de Orvalho (apagado), e aqui agora readaptado)