quarta-feira, 2 de junho de 2021

Vácuo

Só o vazio do espaço por contar

Nem brisa
Nem aves

Só um manto de silêncio sem dor
Nem tristeza
Nem alegria
Nem fadiga

Só a lembrança vadia sem tortura
Nem nuvem
Nem tormenta

Nem maré
Nem barca
Nem remo
Só a sede da vela ao longe por erguer

Sem praia
Sem rio
Sem fonte

Só o vácuo do vento na torneira por abrir
E fechar

(Poema publicado originalmente a 18/08/2012 no meu blogue Nuvens de Orvalho (apagado), e aqui agora readaptado)

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