terça-feira, 24 de maio de 2011

Lá, o Azul

 um pouco de mar

Ouvi o mar chamar por mim, insistentemente.

Fiz silêncio e pus-me à escuta: era isso mesmo, o mar sussurrava-me ao ouvido aquela melodia de que eu começava a sentir falta.

Procurei-o ao cair da tarde. Na areia branca, húmida, deixei o rasto dos pés, junto com o das gaivotas seduzidas pela traineira do peixe.

O azul imergiu-me; a distância naufragou-me.

Deixei os pés afundarem-se na areia, submergidos pela rebentação das vagas, escorridos na espuma, embebidos nessa água, mas perdidos noutro sal, porque é outro longe que eu sinto.

As gaivotas, atraídas pelo odor do peixe, voam em redor do barco em busca de alimento.

Eu procuro outro barco. Atraída pelo fragor do mar, deixo mergulhar os pés e flutuo os sentidos nesse embalo, numa ânsia de me transportar para outro lado no meio do oceano... para lá; para lá: onde a saudade me dói.

sábado, 21 de maio de 2011

Momentos

Dia cinzento

Há dias cinzentos em que as lágrimas brilham o que o sol nos esconde.

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