terça-feira, 30 de agosto de 2022

Petrificação


Rosto toldado 
Olhar branco 
Praia selvagem 
Beleza ferida 
De céu nublado 

Gritos mudos 
Sombra agreste 
Muro que barra passagem 
Horizonte magoado 
Breve aragem levadiça 
Porta ao fundo quebradiça 
Interior incerteza 
Chuva sedenta de pão 
Vento espelhado na alma 
Pardacenta noite de verão 
Embaciados sentidos 
Passos colados ao chão 
...

Revoltem-se as águas 
Reme-se contra a maré 
E novos horizontes nasçam

(Poema publicado originalmente a 17/04/2012 no meu blogue Nuvens de Orvalho (apagado), e aqui agora readaptado)

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