De verde se veste o horizonte
Para onde haverá sempre uma ponte
Verdes são os campos, De cor de limão: Assim são os olhos Do meu coração
Quando se deitam em voo planado
Como num sonho ou num fado
Na toalha estendida
Que a brisa ondeia
Remanso num sopro de vida
No intervalo de um pranto
E um banco de areia
Porque há um barco esquecido na praia
Amarrado ao lodo do tempo Que já não leva ninguém a pescar
À espera da maré
Ou do vento
Que o faça outra vez navegar
É uma dor sem lamento
Um amor ou sentimento
Tormento degredo paixão
A verdura desses campos
Nos olhos do meu coração