Ai, quantas vezes
Ai quantas
O Amor
A amizade
A fraternidade
São lâmpadas fundidas
Num emaranhado de fios...
Ai quantas!
Há alturas assim...
que nem posso,
outras,
que nem água no poço
Nas bifurcações do quotidiano há léguas de marés suspensas
Papéis em branco
Desdobráveis declamados no vento pela rua
Ditos em tréguas petrificadas
Lâminas a esvair-se languidamente sem nada a desejar
Nas bifurcações do quotidiano
Perdemos de vista as galáxias
Ensombradas por nuvens imprevisíveis
A anos-luz de distância