quarta-feira, 29 de outubro de 2025
sábado, 25 de outubro de 2025
Entre Gaivotas
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
E eu caminho
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Espelho

Escorrem poemas
Momentos de água
Deslizando em fendas
Talhadas a par e passo
Podem acordar os pássaros
Aprisionados no espelho
Soltarem-se do rio
Os doirados das nuvens
Do fundo das muralhas
Labaredas azuis
Que nas horas escuras ou leves
Imensas ou breves
Entre charcos e bordados
Palavras e pedras
Versos e pétalas
Há um espelho que nos reflecte
sexta-feira, 29 de agosto de 2025
Do Fundo do Olhar
Do fundo do olhar um abismo
Espreita
Uma bolha de pão
Uma bola de ar
Asas de condor
Do fundo do olhar um ninho
Sem cor
De ave ferida
Um resto de alento
Num sopro de vida
Do fundo do olhar um rio
Submerso
Leito assombrado
De seixos vadios
Em água poluída
Do fundo do olhar um mar
À solta
Um barco sem leme
Uma onda esvaída
Numa praia deserta
Do fundo do olhar
Uma porta
Fechada
segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Bola de Cristal

A aldeia aprisionada num esotérico submundo
Globo ocular à espreita da cidade exotérica
É verdade abafada de mentira
Extemporâneo entulho esférico
Frustrâneo dióspiro
Incomestível
Imperceptível forma de moléstia
Praga sem modéstia que não parte
Nem reparte
E dói o ritual
Ofício doloso
Numa bola de cristal
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Musicando o horizonte
O horizonte precisa da música das ondas
em preguiçoso espraiar
para ser tocado em escala de sol e vagar
quinta-feira, 13 de março de 2025
Primavera (in)discreta

Há uma Primavera (in)discreta que me espreita à janela
Um cálido perfume a nascer dos raios de sol
Uma luz serena de realidade donzela
Uma sinfonia de cores breves no ar
Um convite à utopia no jardim
Um reflexo de vida nova a levitar
E um sopro de brisa mansa nascente em mim
Eu gosto e preciso disso
Simplesmente porque sim
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Onde moram cagarros e ganhoas
Um breve olhar...
para lá do mar... perto da lua.
Onde moram cagarros e ganhoas...
sonhos e poemas
esculpidos em lava
escorridos no vento
embrulhados em bruma
retidos no sentimento.
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