segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ferida Aberta



Bradam ao céu espinhos
Uma floresta de dores
Por dentro da janela escancarada
Um mundo alheio a tudo
E recheado de nada

Moldura de vento silente
Murmúrio cansado e dolente
Aroma de rosas bravias
Na esquina aguda do tempo
Que passa a rasgar os dias

28 comentários:

Maria João Martins disse...



Sim, é verdade. Há molduras assim, Fá!

Pele a suster a dor incompreensível dos dias...

Fá# disse...

E espinhos a ferir a pouca pele que ainda resta...

(Obrigada!) :)

lilá(s)) disse...

Poema e imagem completam-se na perfeição! lindo!
Bjs

Fá# disse...

Há molduras assim... que são feridas abertas!
:)
Bjs

Nilson Barcelli disse...

Belo poema.
Gostei das tuas palavras.
Embora algo tristes...
Fá, querida amiga, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijos.

Fá# disse...

Quando os espinhos nos ferem, as nossas palavras são, no mínimo, gemidos...

:)

Beijos

Nilson Barcelli disse...

Mas os ferimentos tanto podem ser dos espinhos como da pele macia de mais.
Enfim, é uma moldura possível "na esquina aguda do tempo"...
Beijo, querida amiga.

Fá# disse...

Tens razão: a pele pode muitas das vezes ser frágil... mas, ainda assim, haja pele que proteja os outros órgãos.
Obrigada :)
Beijos

Rita disse...

Espinhos, floresta, vento, rosas... como se fossem pedaços de um peito cansado de nada.

Gostei bastante deste poema que alberga uma tristeza tão aguda!

beijinho

Fá# disse...

São estes tempos que nos ferem.
:)
Bjos

Lynce disse...

Belíssima fotografia...Esta janela faz-me lembrar uma casa que eu tenho, ali prós lado da serra, e que eu ainda não me predispus a mandar arranjar...
Obrigado!
Bjs

Fá# disse...

Então vá de a recuperar... para os espinhos não atacarem! :)

Obrigada.

Bjs

Lynce disse...

Esta fase não é a melhor para esse tipo de investimentos...
:)))

Fá# disse...

Pois. Os espinhos atacam!
:)

Lynce disse...

Os espinhos atacam e de que maneira...embora todos os anos eu rape em volta da casa. Mas tenho que resolver a questão. A casa situa-se numa das margens do Mondego. Adoro aquele local...

Fá# disse...

Acho bem. É património que não se deve deixar perder.

Esta também não fica longe do Mondego... :)

Lynce disse...

Mas é como te digo, simpática...apesar de já ter o projecto de reabilitação aprovado, o momento não é o melhor. Vou aguardar mais uns tempos...é que o euro está caro.
:)))

Fá# disse...

... ui, se está!

Lynce disse...

Por isso é que eu vou com calma...porque esta coisa da banca "só dá um chouriço a quem lhe der um porco", e eu nunca gostei de endividamentos...
:)))

Fá# disse...

Os endividamentos também me fazem alergia... mais do que os espinhos :))

Lynce disse...

Por isso é que não é por aí que vou deixar de dormir...quando há "graveto", investe-se, quando não há, espera-se por melhor dias...
:)))

Fá# disse...

Ora pois! :)

Meulen disse...

A veces te cansas de ver tanta espina
pero hay que sacar fuerza al resquicio del amor divino...

Ardiendo está su corazón!

A.S. disse...

Muito belo Fá.
Uma boa semana para ti.

Beijinhos

AnaMar (pseudónimo) disse...

A rasgar dias, palavras, como melodias.

MARILENE disse...

Uma janela! Ferimentos! Você lhe deu moldura tristonha, mas bela! Bjs.

Arthur Claro disse...

Linda poesia, meus parabéns.

Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com

Porventura escrevo disse...

Linda moldura, de facto.
Fotos sempre belas

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