sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Escuta

O verde quebrado do lago 
Manso e prateado 
Onde mergulho os meus olhos 
Quais asas na brisa pousadas 
Solta silêncios alados 
Ecos perdidos soprados no sol 
Que flores de muitas cores 
Provocam insectos a mirar 
E perfumam de olor e vida e calor 

A voz cala-se às reentrâncias 
Da luz ao bordejar das margens 
Os sons repousam 
E é o silêncio que se faz verbo 
Escuta...

Sssschhiiiiu...! 

 (Poema publicado originalmente a 18/01/2011 no meu blogue Nuvens de Orvalho (apagado), e agora aqui readaptado)

13 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de paz, querida amiga Fá!
"Que flores de muitas cores
Provocam insectos a mirar
E perfumam de olor e vida e calor"
Seus escritos são maravilhosos, com a inspiração colhida da natureza linda.
Nada como uma lagoa calma para relaxar e acalmar.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos

Amélia disse...

Simplesmente lindo!
Bom fim de semana
Beijinhos, tudo de bom

Majo Dutra disse...

E não é que a horta fica colorida e animada?
Gostei de ler, o belo poema bem merece a reedição...

Despeço-me... Tudo bem até meu retorno...
Um abraço, querida Amiga.
~~~~~~

chica disse...

Lindo demais e que reine o silêncio...
Adorei ! Sssschiiiiiiio! beijos,tudo de bom,chica

Ane disse...

O negócio é repousar os sons
e fazer o verbo do silêncio!
Gostei demais!

Ane/De Outro Mundo 😘🌺

A.S. disse...

Muito belo o teu poema Fá!
É delicioso quando entendemos a linguagem do silêncio!...

Ssschiiiiiuuu...!!

Gostei muito!
Beijinhos.

Jaime Portela disse...

A minha voz também se cala perante tão magnífico poema.
Os meus aplausos, excelente.
Boa semana, amiga Fá.
Beijo.

Parapeito disse...

Olá Fá :)
Tão belo, tão cheio de tanto!
É mesmo para ficar em silêncio e sentir.
Abraço e brisas doces***

Porventura escrevo disse...

Minha parte preferida:
O schiuuuu
:-)
muito bjorkiano

Juvenal Nunes disse...

Quando o silêncio se faz verbo estamos mais disponíveis para ouvirmos a nossa própria voz.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes

- R y k @ r d o - disse...

Fotos e poema em perfeita harmonia poética. O meu elogio
.
Saudações poéticas
.

Caderrno de San disse...

Como no Dia da Criação, o silêncio se faz verbo e nos calamos para ouvi-lo em silêncio!
Muito belo, Fá!
Beijinhos,

Meulen disse...

Así es, hay que reapreder a escuchar los sonidos de toda la Tierra que nos habla incesantemente...

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