Melhor seria que a máscara que cobre a boca
a cerrasse a palavras vozeiras,
useiras e vezeiras,
ocas e interesseiras,
palermas ou arteiras;
que vêm confundir como bebedeiras
as sadias e boas maneiras.
sábado, 21 de agosto de 2021
quarta-feira, 23 de junho de 2021
Vácuo
Só o vazio do espaço por contar
Nem brisa
Nem aves
Só um manto de silêncio sem dor
Nem tristeza
Nem alegria
Nem fadiga
Só a lembrança vadia sem tortura
Nem nuvem
Nem tormenta
Nem maré
Nem barca
Nem remo
Só a sede da vela ao longe por erguer
Sem praia
Sem rio
Sem fonte
Só o vácuo do vento na torneira por abrir
E fechar
(Poema publicado originalmente a 18/08/2012 no meu blogue Nuvens de Orvalho (apagado), e aqui agora readaptado)
Nem brisa
Nem aves
Só um manto de silêncio sem dor
Nem tristeza
Nem alegria
Nem fadiga
Só a lembrança vadia sem tortura
Nem nuvem
Nem tormenta
Nem maré
Nem barca
Nem remo
Só a sede da vela ao longe por erguer
Sem praia
Sem rio
Sem fonte
Só o vácuo do vento na torneira por abrir
E fechar
(Poema publicado originalmente a 18/08/2012 no meu blogue Nuvens de Orvalho (apagado), e aqui agora readaptado)
domingo, 25 de abril de 2021
Luz, cor e luar
quando os muros são pesados
tantas vezes sangramos
sem forças para achar uma abertura
mas há que erguer a cabeça
bem acima
dos muros que se levantam,
esculpir poesias com o olhar,
espalhá-las pelos mares que nos corroem a alma
e ser luz, cor e luar
domingo, 24 de janeiro de 2021
Sem-fim
A roda da engrenagem não anda,
Está emperrada.
Rançou-se, enferrujou.
Foi o tempo,
Pelas ruas de amargura,
E a vida grave e pesada,
Que a amofinaram sem dó,
Lhe teceram urdidura.
Não gira,
Já nem geme
Pelo ardor da labuta.
Cala-se,
E não há lágrima
Que escorra,
Que regue o chão.
Há palavras que morrem antes de chegarem à garganta,
Sufocadas em silêncio sem-fim.
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
Corpos perdidos de nós
Por vezes estamos assim, corpos perdidos de nós...
sábado, 19 de outubro de 2019
Atravessar a dor
Um assalto no caminho
Uma surpresa
Uma dor
Uma caverna escura
Um cárcere
E eu rendo-me
Ou pelejo?
Será que ensaio uma fuga...
Que faço?...
Do lado de lá
Há mais vida
Colorida
Um horizonte de mar
E a dor é só uma passagem
Que urge atravessar
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Somos instantes
Urgente se vive,
tão depressa se morre.
Não há quem não tropece tantas vezes
nos caminhos que percorre...
O belo está em ir caminhando incessante,
conquistando rumo a cada instante,
mesmo que com sangue nos pés;
e ir sempre lavando as feridas,
voltar a caminhar outra e outra e mais outra vez,
sem dar importância demasiada aos tropeços.
Afinal, nem só de logros se faz a vida.
Ela é feita de recomeços.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Pesadelos
Neste país
Muito se diz
Muito se escreve
Pouco se estuda
Pouco se aprende
Pouco se conjuga
Pouco se concerta
Tudo se sabe
Tudo se dita
Tudo se debita
Pouco se acerta
sábado, 28 de maio de 2016
Cantorias
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